sexta-feira, 12 de março de 2010

Carência.

Esquecer. Era esse o meu objetivo. Apagar da memória aquele nome que eu nem amava, e muito menos entendia o que estava fazendo ali na minha cabeça. Girando, girando, girand... Iria afoga-lo em uma grande garrafa de álcool, já que um copo não havia sido suficiente.
O que eu sentia falta nele? Garoto de duas noites, palavras chulas, movimentos bruscos e que não desistia fácil. Além do mais, ele era remédio por um noite, pra esquecer aquele nome que gritava no meu peito, aquele que ainda grita, que ainda amo. Mais porque ele vinha seguido de outro?
Eram aquelas malditas músicas que na televisão não paravam de tocar. Que me traziam na memória lembranças, das quais eu reclamei por semanas, e ainda reclamo de vez enquanto por ter adquirido. Me lembro bem a sua cara quando disse que odiava as músicas que você ouvia, e a careta que fez quando me chamou de roqueira, ainda rio disso. Mais hoje, com seu nome rodando na minha cabeça, as lembranças tomando gosto, chamo isso por um nome estranho, do qual não gosto muito.

O meu nome pra você? Carência. Pra mim você se chama carência.

sábado, 6 de março de 2010

With or without

Ela conseguia viver sem ele.

Alias, a vida sem ele, as vezes parecia muito melhor. Seu pensamento vagava livremente, sem encontrar nenhuma questionação. Via filmes românticos, sem se imaginar no papel da personagem principal. Os sorrisos eram mais frequentes. As lágrimas mais raras. A vida parecia mais fácil. Os amigos mais certos. Os toques alheios não pareciam tão errados. Sua vida não parecia tão perdida. Quem ela era, ficava mais claro.
Sim, ela conseguia viver sem ele.

O problema, é que ela não queria viver sem ele.