quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Little heart storm

Entro correndo no carro, dou a partida e vou embora. Não olho para sinaleiros, não me lembro de ter pego o celular, muito menos a carteira de motorista.
Mas meus pensamentos continuavam ali, dentro da cabeça. Não havia como esquece-los em casa. Nem jogar fora as lágrimas que brotavam dos meus olhos e se misturavam com as pesadas gotas de chuva que me encharcavam dentro do meu fusca conversível.
Meu corpo guiava o carro e se importava em me fazer limpar os olhos algumas vezes, enquanto minha mente vagava por ai. Mas não foi difícil saber a onde eu estava quando desliguei o carro e apertei meus olhos pra ver em volta através da chuva.
Devia ter passado de meia noite e a chuva ficava a cada minuto mais forte. Me deitei nos bancos da frente do carro e me deixei ficar lá, enquanto a chuva tentava inutilmente molhar minha alma. Fechei meus olhos e mergulhei de cabeça em todos os meus pensamentos...
-Por quanto tempo pretende ficar ai?
Abri meus olhos mas não consegui ver nada com toda aquela chuva. Também não era necessário.
-Até ter água suficiente pra eu poder me afogar aqui dentro.
Ele abriu a porta do carro e empurrou minhas pernas pro lado para que ele pudesse se sentar no banco do motorista.
-Vou esperar aqui com você. - Percebi que ele não vestia nenhuma capa de chuva, nem tinha trazido nenhum guarda-chuva.
-Mas esta chovendo! -Comentário meio óbvio, mas que não conseguir conter quieto dentro de mim.
Ele olhou em volta, e depois pra mim. A chuva começou a ficar um pouco mais fraca.
-Isso não te impediu de dirigir até aqui.
E nisso ele me puxou pro colo dele, e me aninhou ali. Em segurança.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Leave true love

O encaixe perfeito, não é isso que todo mundo procura?
Parecemos um casal de imãs de mesmo polo. Enquanto um se aproxima, o outro se afasta, a não ser que ambos estejam a uma distância correta um do outro. Porque agora, quando é você quem se aproxima, as coisas parecem tão erradas? Porque de todas as vezes em que eu puxei você pra mim, nessa na qual você veio sozinho, seu nome não girava dentro da minha cabeça e nem o mundo parecia desaparecer?
Como todos, eu procuro o encaixe perfeito. Os opostos se atraem, não é isso? Devemos ser mais parecidos do que achamos... I'm leaving.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

About the time of love

Segundos. Esse foi o tempo necessário pra mim perceber que não era mais isso que eu queria, que os sentimentos haviam se misturado com os sonhos, e que eu havia me alienado diante dos meus sonhos, que já nem eram mais tanto o que eu queria.
Minutos. Tempo necessário pra mim entender como terminar com a minha dor, rabiscar um plano rápido num pensamento e colocar tudo em ação e perceber os resultados quando lágrimas não escorreram dos meus olhos, mas um sorriso brotou com facilidade no meu rosto.
Horas. O tempo estimulado, por todos a minha volta, que levaria pra bater o arrependimento, pra começar a desmoronar tudo dentro do meu peito, pra mim voltar correndo pros braços abertos desse sentimento que nos últimos meses só vinha me sufocando.
Dias. Ou melhor, um dia, foi o tanto que demorou pros meus olhos pousarem em outra face, pra outro perfume invadir minha mente, e outra pessoa entrar dentro dos meus sonhos. Também foi o tempo em que ela permaneceu por lá... Apenas alguns dias.
Meses. É o que eu dou a esse novo sentimento que me enche o peito agora, o tempo de férias ao meu coração, já desesperado pra ser preenchido por outro sentimento, que já me bate a porta e me pede para entrar.

~Fazem eras que eu não ando escrevendo, eras que nada me parece interessante o suficiente para se escrever sobre, eras que as palavras não vem colaborando comigo. Isso saiu agora, e admito não colocar muita fé nesse texto, mas é o começo de uma nova fase, e eu espero que as coisas melhorem, e com isso, as palavras voltem a fazer dupla comigo. Nunca se sabe! :*