segunda-feira, 21 de novembro de 2011

I'll write and never send

Só primeiro peço que entenda: escrevo na sede de aliviar minha consciência, de que tudo foi explicado. Por mais que justificações eu não lhe deva nenhuma, elas insistem em querer sair de minha boca.
Eu gostava de você, mesmo. Quando todo aquele discurso desesperado tomou conta da minha língua, sentada na frente daquele portão branco, as altas horas da madrugada, era tudo a mais pura verdade: Impensada e tremida. Você pediu pra ouvir da minha boca, e lá estava ela, em palavras. Ao contrário do que eu queria.
A desculpa mais apropriada foi a tequila rapidamente ingerida, sem muito pensar; O pressionar de todos ao nosso redor que insistiam que aquela era a nossa noite. E eu, bem... Eu me deixei acreditar. Mas não cem por cento, como podia deixar muito claro toda a insegurança dentro de cada dose de álcool.
Você pediu para que eu falasse o que me preocupava, e eu falei. Falei sobre carreiras, sobre a vida, sobre o futuro, sobre São Paulo... E quando eu disse que estava tremendo, não só de frio, mas de nervoso, você disse que sentia o mesmo. Me pediu pra ir junto, pra São Paulo. Pro seu sonho.
E então as horas começaram a entardecer, e você teve que ir embora na promessa de algumas horas mais tarde voltar... Mas não como todo mundo havia dito. Não seria nossa noite, muito menos nossa manhã. Você foi, e eu entrei correndo, me jogando nos braços do primeiro abraço.
Se te faz sentir melhor, meu choro durou apenas um único abraço. Se te faz pior, doeu uma infinidade.
E então, onde ele entra?
Ele segurou minha mão, sem nem saber porque, enquanto eu nem sabia o que acontecia. Ele me abraçou durante uma madrugada que tinha a promessa de ser nossa. Ele me deixou menos sozinha, com você longe. Como retribuição a um favor que eu nem sabia que precisava, lhe dei um beijo. Um beijo que só quando dado se sentiu necessário. O resto, você meio que já sabe.
Sim, eu passei tempos e tempos dando a ele o que eu pensava que seria dado a você. Algumas horas, já não sabia mais o que lhe dava porque lhe era de direito e o que dava que era seu. O que sabia era que tudo, tudo ia pra ele.
E foi assim, com o tempo, que eu me achei. Nos braços dele e nas suas risadas.
Não me leve a mal, ele é o meu garoto. E disso hoje já não tenho mais dúvidas. Tudo o que eu sempre quis, porém, algo em você ainda me faz rir e ficar feliz por maior que seja meu mal humor. Mas isso hoje, só chamo de amizade.

sábado, 5 de novembro de 2011

De volta a tempo

Já nem consigo me lembrar a quanto tempo eu não paro pra pensar em alguns sentimentos para serem expressos em palavras. Não que os sentimentos tenham sumido, mas as palavras... Ah, as palavras vivem dançando em minha mente, mas sempre se recusando a ir a qualquer lugar mais longe do que minha garganta.
Escrever havia se transformado: de vicio, em um exercício. Assim como todas as outas coisas, quanto mais se escreve, mas fácil as palavras seguem seu rumo: Mente, língua e dedos. Em mim, estão todos os três interligados, e atualmente meus dedos andam meio em greve.
Então vem a saudade, a angústia, vontade e decepção. Um ano vivendo esse ciclo vicioso, sentimentos me fugiram e minha vida resolveu se aventurar em uma montanha russa, na qual ano que vem espero poder andar novamente.
Na tentativa de entrar em forma, de forma escrita, e reatar os laços entre minha mente e meus dedos, estou aqui, novamente, emaranhando minha mente em palavras.