sábado, 19 de dezembro de 2009

Happy New Start

Era quase meia noite, e aquela esquina, como excessão, estava vazia. Me sentei apoiada no portão de uma das casas vazias e tentei fazer aquele ar frio que batia com força em todo o meu corpo, entrar em mim. Lembrei do que vi em milhares de filmes e numa medida desesperada puxei um cigarro do bolso e acendi com um isqueiro que eu tinha a muito tempo, mais que nunca havia usado. Não tive tempo de leva-lo até a boca.
-O que você pensa que esta fazendo? -Uma voz conhecida perguntou, enquanto tirava o cigarro da minha mão e jogava na rua. Vi o cigarro apagar, sentindo a sua indignação enquanto se sentava ao meu lado.
-Estava fumando. -Tentei soar confiante, o que provavelmente não funcionou.Ele me conhecia bem demais.
-Você não fuma. -Mais um ponto pra ele. -O que esta fazendo aqui? Achei que ia viajar com a sua familia...
-Não fui. E quem disse que eu não fumo? -Ele me olhou feio. -E o que você esta fazendo aqui?
Ele sorriu. Merda. Isso nunca foi um bom sinal, pelo menos não quando eu estava tentando manipula-lo. -Acho que você se lembra com muita clareza que eu morro a duas casas de distância daqui.
Dei de ombros, como se não ligasse. Mais é claro que eu lembrava, e que era por isso que eu estava aqui. Uma corrente de ar frio me acertou em cheio me fazendo tremer.
-Vem cá, você esta morrendo de frio. -Ele veio mais perto de mim, e passou o braço pelos meus ombros numa tentativa bem sucedida de me esquentar. -Esse é o seu plano para ter um ótimo ano novo? Ficar sentada na esquina da minha casa, fingindo que sabe fumar?
Eu dei uma risada fraca. Queria que ele pudesse sentir tudo o que estava percorrendo a minha cabeça, mais acho que ele sentiu um pouco de tudo no meu olhar, já que me abraçou mais forte.
-Eu só queria estar com você... -Murmurei tentando não olhar na sua direção, já que podia sentir seus olhos grudados em mim, enquanto ouvia os fogos de artificios começarem a explodir.
-Feliz ano novo. -Murmurou ele baixinho, com a boca pressionada contra os meus cabelos, onde ele me deu um beijo com delicadeza. E então, mais nada importava, enquanto eu estava ali, sentada em baixo daquele céu iluminado pelos milhares de fogos de artificio, em seus braços, de frente para um novo começo.


~Feliz 2010 *-*
Eu sei, estrasada, mais estava viajando, e bom, esqueci de postar antes de sair de viajem, já que faz um bom tempo que esse post estava "pronto" (preguiça de postar galera, admito ._.) . Bom, eu não sei se ficou muito bom, nem da onde saiu a história, maaaas...Espero que gostem :)

Was always like this?

A cada ano, os natais parecem vir perdendo o brilho, a emoção, as cores e os sentimentos. Ou seja, vem perdendo o que faz do natal, Natal. As casas já não tem mais aquele brilho, as pessoas não tiram seu tempo pra montar árvores, decorar as casas, compram todos os presentes em cima da hora e em algumas, não tão raras, vezes nem mesmo se reúnem pra passar a noite junto da família ou de pessoas especiais.
O natal, de data mais importante do ano e momento de se juntar as pessoas queridas pra ficarem juntos nem que seja por uma noite, virou sinal de dividas, idas corridas aos shoppings lotados e uma noite insuportável diante de familiares dos quais você nem lembra o nome.
Essa sempre foi a data mais importante pra mim, o natal. Não só pelos presentes, o que vamos e venhamos, quando se tem por volta de 10 anos é uma coisa que importa, e muito, mais porque de algum modo havia aquele sentimento de união, De poder ver as pessoas saindo pelas ruas com um sorriso alegre no rosto, achar papais noeis em todas as partes e achar velhinhos nas ruas assobiando musicas natalinas (o que na verdade, não sinto falta nenhuma, porque meu padrastro faz o favor enorme de assobiar musicas por ai ¬¬).
Mais os anos não vem mais sendo assim. Se chega em Dezembro, quando você vê já esta com todo mundo gritando por presentes, e puft. acabou! A onde foi parar toda aquela magia? Foi o natal ou eu que mudou...?


~Um total desabafo sobre o natal, feito depois deu ter sentido o meu coração afundar quando vi na casa de um dos meus "vizinhos" ele sentado na frente da casa dele, vestido de papai noel, como se nada houvesse mudado, enquanto na minha família, o natal de época mais especial, parece ter se tornado apenas um dia de tortura e mostrando como tudo fez questão de mudar.
Espero que todos vocês tenham um ÓTIMO natal e com muito amor, carinho, paz e presente :D HÁ
Beijos :*

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Behind the keys

Eu podia sentir a sua presença por toda a casa. Em cada comodo, era visível o fato de que ela já estivera ali. Os pares de all-stars jogados ao lado da cama, um closet cheio dos seus casacos favoritos. Nas prateleiras da grande biblioteca, onde passava boa parte do tempo, os seus livros, sempre organizados por ordens que somente ela entendia. No banheiro a escova de dentes e o tubo de pasta apertado no meio, aquela mania que tanto me irritava...
Mais nada comparado com o seu piano. Aquele instrumento preto, gloriosamente colocado no canto da nossa gigante sala, que foi feita especialmente para ele. Todas as noites pegava a minha taça de vinho e ia me juntar aquele magnifico piano. Sentado de frente para suas teclas impecavelmente brancas, era difícil imaginar que ela havia partido. Enquanto tocava a sua musica preferida, me lembrava do seu sorriso infantil, me observando do sofá, a onde ela se sentava para poder me ouvir tocar a única musica que ela havia me ensinado.
Agora podia praticamente ouvi-la resmungando: "O que foi? Continue tocando... Finja que não estou aqui." E agora ela não estava... E nunca mais estaria.


~ Não sei, de novo, da onde saiu a inspiração, mais eu realmente fiquei satisfeita com o resultado. Uau, é o segundo esse mês que eu gosto, o que normalmente não acontece, estranho. Espero que vocês gostem, e tenho que admitir, que é estranhamente complicado escrever do ponto de vista masculino! :**

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

There's an inside

Era sempre visivel o brilho delicado dentro dos seus olhos castanhos bem delineados, seus cabelos sempre balançando delicadamente, como se a todo o momento batesse uma brisa neles, por mais parados que os ventos estivessem. Nos labios sempre um sorriso, que era chamado de sincero por todos e parecia brilhar em meio a multidão. Seus corpo miudo, parecia sempre estar protegido dentro de abraços calorosos, suas mão acariciadas por outras mãos.
Era o que todo mundo via, era no que todo mundo acreditava. No que se pode ver, no que se é facil de compreender. Porque obviamente os conflitos por detras daqueles olhos castanhos, não tinham muito haver com o que ela era. Claro, claro...
~Só quatro palavras: eu odeio bloqueio criativos!