domingo, 19 de julho de 2009

The last day [Parte final]

Já havia começado a escurecer. Estávamos os dois deitados no jardim em frente a minha casa. Ele havia me obrigado a voltar antes que escurecesse, usando o argumento de que se eu não queria me preocupar com o amanhã, ele ainda queria acordar em algum lugar a onde ele soubesseo caminho de volta para casa.
Estávamos olhando as estrelas. Não havia nada de demais nisso, mais sabia que ele estava se contendo pra continuar com o silêncio, sabendo que eu não me incomodava de ter um pouco de tempo pra pensar nas coisas que aconteciam.
- No que esta pensando? –Ele perguntou me dando uma cutucada no obro.
- Em como dizer tchau...
- Achei que já tivesse cuidado disso. Sabe como é, escrevendo as cartas, das quais você já me disse um milhão de vezes pra mim não esquecer de entregar para cada um. –Ele disse sorrindo. Eu realmente havia dito mais de mil vezes pra ele fazer isso.
- Já cuidei. Mais ainda estou aqui... –Me virei olhando para o rosto dele. Ele havia virado para olhar meu rosto também.
- Não entendi.
- Não há uma carta pra você lá dentro. –Disse vendo o sorriso no rosto dele sumir. Isso me fazia sentir um tanto quanto culpada. –Não sabia como... Dizer tudo isso. Sentia que não podia simplesmente escrever, como fiz com todos os outros. Precisava fazer isso de verdade. –Ele agora olhava para as estrelas novamente.
- Esta tentando me dizer o do por que eu? Quer dizer... Hoje.
- É. –Suspirei esperando que ele se virasse para mim. Ele não virou. – Com você é diferente. Quando pensava que não iria mais te ver, como pensava que você ia reagir, não ficava apenas aquele nó no estomago. Ficava um vazio. Sinto que não tive tempo o suficiente pra fazer tudo àquilo que eu queria fazer, que não aproveitei meu tempo com você direito.
Ele ficou um pouco em silêncio. E pela primeira vez, senti que ele precisava ficar quieto. Me sentei, fingindo não reparar em como sua expressão mudava enquanto ele ia mudando de opnião. Até que ele parou. – O que faria, você sabe, senão tivesse nada a temer. Agora?
- Como um ultimo ato antes de partir? –Perguntei, estremecendo enquanto via ele encolher com a palavra partir, e concordar com a cabeça. –Não sei. O que você faria?
Ele suspirou enquanto se sentava, sem tirar os olhos dos meus. Ele abriu um sorriso, sabendo o quanto aquilo era importante. E antes que eu pudesse sussurrar um muito abrigada, ele se aproximou mais e encostou seus lábios nos meus.
- Sentirei sua falta. –Sussurrei enquanto ele desviava seus lábios para a minha testa. Ele ficou quieto por um tempo, e então me puxou mais para perto, num abraço.
- Também sentirei sua falta, como já sinto. Eu te amo.
- Eu também te amo. – Disse fechando os olhos, e sentindo o perfume dele descer quente pela minha garganta uma última vez enquanto ele sussurrava, agora parecendo ao longe: - O silêncio nunca mais vai parecer tão agradável sem você.


~ Olá ^^
Ae, então, o fim. Espero realmente que vocês curtam, por que a parte mais dificil de escrever foi o fim ._. me perguntaram esses dias o de por que ela estava no seu ultimo dia. Bom, isso fica pela conta da imaginação de cada um, o que importa é que é o ultimo dia :B Não sei se vou poder postar muita coisa com frequencia por que estou tentando escrever um livro :x (sim, as pessoas me convencem com facilidade). Mais já tenho o próximo post pronto!
Ainda estou de férias, como pelo jeito maioria das pessoas, por causa da gripe, então vou provavelmente me encarregar de responder todos os coments o mais rápido possivel.
Lov U guys

Beeeeijos :*

The last day [parte 3]

O levei até um pouco adiante da cidade. Sempre que passava por lá para ir viajar, um pensamento tomava conta da minha mente. Olhava para aqueles grandes campos verdes, onde além da grama só se podia ver o céu, e algumas vezes algumas altas árvores a uma longa distância. Lembro que me sentia invadida pela vontade de correr sem rumo por entre a grama, tendo apenas o sol como testemunha. O puxei pela mão por um grande trecho de grama, até que não pudéssemos mais ouvir o barulho dos carros que passavam apressadamente na rodovia não tão longe dali.
- Então é isso que tem em mente? –Ele perguntou com uma cara um pouco confusa enquanto me observava parada em meio ao nada, apenas olhando o horizonte. –Me seqüestrar por um dia, e me carregar pro meio do nada? –Concordei com a cabeça sorrindo.
Ele me examinou por um momento, como se buscasse algum sinal de insanidade. Apostava que se ele procurasse bem, acharia vários. E antes que seu olhar alcançasse meus olhos, ele veio em minha direção, e me jogou por cima do ombro, como um saco de batatas.
- Sabia que não podia confiar em você. Está completamente doida. Vou te levar pra casa. –Ele dizia enquanto corria mais para perto das árvores que estavam bem longe de nós, ignorando enquanto eu batia com os punhos nas suas costas.
Ele parou e me pôs no chão. –O que quer fazer aqui? No meio do nada, se me permite perguntar. Pensei. Não tinha perdido muito tempo imaginando o que faríamos ali. Simplesmente tinha pensado em algum lugar a onde eu sempre tive vontade de estar, e nunca tinha estado. Mais não tinha a mínima idéia do que fazer ali... – Que tal dançar? –Perguntei sorrindo.
Ele fez uma careta enquanto passava sua mão direita na minha cintura, e pegava a minha mão direita. – Onde esta a música?
Eu ri baixinho e comecei a cantar a primeira música que tinha vindo a minha mente. Ele revirou os olhos quando reconheceu a música.
- The All American Rejects não é exatamente uma música lenta. Você sabe disso, não? –Ele comentou enquanto eu cantarolava baixinho o refrão de “My Dirty Little Secret” numa versão um pouco mais lenta.
- Sabe que foi a primeira que passou na minha cabeça.
Ele riu, entendendo o que eu queria dizer. Ele tirou a mão da minha cintura, e deu uma rebolada no ritmo da minha cantoria. E quando sua mão voltou para seu lugar de origem, ele se aproximou do meu ouvido, e cantarolou baixinho, encerrando a música. – “I’ll keep you my dirty little secret... Who have to know.”


~ Olá. Pra quem não sabe, essa é a parte três de um big post que nasceu de uma conversa minha com uns amigos, sobre o fariamos se só tivessemos uma semana de vida. Também nasceu da ajuda que vocês deram com coments dizendo o que fariam. É um tanto quanto bizarro dizer que esse "começo do final" do post nasceu enquanto eu estava voltando do fim do mundo, e olhando (mais uma vez) para os campos verdes fazendo contraste com o azul do céu, ouvindo The All American Rejects (depois de algumas horas de MJ *-*) e pensando. Acho que vou voltar a postar com mais frequência, se vocês voltarem a comentar com mais frequência tbm :B HOAHSIOAHSOHS mais minha inspiração vem voltando aos poucos. O próximo pedaço, e último, já esta prontinho, só esperando a hora certa de vir :)

I lov U guys!

Beijos :*


Obs: A tradução da ultima frase, é algo parecido com: Vou te guardar meu segredinho sujo. Quem precisa saber...

quinta-feira, 16 de julho de 2009

The last day [parte 2]

Estava sentada no parque, ainda debaixo da mesma árvore, quando uma face familiar começou a se aproximar. Era aquele caminhar calmo e conhecido, aquele rosto pra lá de familiar, se aproximando da árvore cada vez mais, até se sentar ao meu lado e me jogar um pseudo sorriso. Consigo-o trouxe a calma.
- O que houve? –Ele perguntou olhando diretamente nos meus olhos. Não estava acostumada aquilo, e minha reação normal seria baixar meus olhos, mais lutei contra a vontade e continuei a encará-lo diretamente nos olhos. Ele sabia que habia algo errado.
Eu contei. Tudo. Não sabia se estava fazendo a coisa certa, mais se não fosse, eu simplesmente não ia precisar agüentar as conseqüências amanhã. Ele me ouviu. Palavra por palavra, melhor do que qualquer um poderia ter ouvido. Quando terminei, podia sentir algumas lágrimas rolarem perdidas pelas minhas bochechas em rumo a meu queixo. Ele resgatou as lágrimas, e ergueu meu queixo com seus dedos.
- E por que eu? Por que resolveu contar para mim? –Eu sabia a resposta. Na verdade, não havia só um motivo. Sabia que ele me ouviria, que ele entenderia. Mais também tinha aquele aperto no peito quando pensava que não o veria mais. De que era meu ultimo dia em que teria a chance de te-lo ao meu lado. O nó no estomago era mais forte quando o nome dele passava na minha mente. Não sabia como dizer isso pra ele, simplesmente me estiquei em sua direção, e o abracei.
- Não quero falar sobre isso agora... –Sussurrei no seu ouvido. Ele entendeu, e me afastou um pouco para que pudesse ver meu rosto de novo.
- O que pretende fazer no seu ultimo dia de terráquea? –Ele perguntou sorrindo.
Eu levantei e o puxei pela mão. Teríamos um longo dia pela frente...



~Olá! Bom, ai esta mais uma parte da história. Acredito eu que essa seja a minha segunda história em segunda pessoa do blog. Não curto muito escrever como se falasse de mim, na maioria das vezes, me sinto tentando viver uma falcidade (Uau, a garota vivendo de sonhos sumiu por um pouco). Realmente não sei se está bom. Sou péssima julgando meus próprios textos, por que eu sei o que quiz dizer, já vocês nem sempre :// Então, espero que gostem. Anda meio dificil escrever com a cabeça cheia, mais acho que ta saindo. Além do mais, essa história é a primeira que eu posto na louca, sem pedir pra ninguém ler antes, ou sem fazer várias modificações. Simplesmente me entregando aqui :x

Espero que gostem, e podem continuar dizendo o que fariam, por que toda ajuda é mais que bem vinda!

Lov U guys!

beeeeeijos :*

quarta-feira, 15 de julho de 2009

The last day


O sol ainda não havia aparecido, porém já não estava mais tão escuro. Era de madrugada, e não havia ninguém para me observar sentada no chão da sacada, olhando pro céu, esperando calmamente que a coloração rosa aparecesse lá no fundo. Meu coração já tinha parado de bater rápidamente, e o nó no meu estomago já havia se desfeito, um pouco. Já havia me conformado. Acho que depois de seis dias sabendo do futuro, sabe já que no sétimo tudo o que pode fazer é se conformar.
O tempo estava um pouco quente, com uma brisa leve quando o sol começou a colorir o céu. Jogava meu celular pra cima, uma mania antiga, tirando que agora sabia que não precisaria mais dele nem um dia sequer. Um número na lista de contatos praticamente brilhava, cada vez que o celular voltava pra minha mão, ignorei-o e entrei para tirar o pijama. Seria um dia longo.
Meus pais se surpreenderam ao me achar sentada na mesa da cozinha, as seis e meia da manhã, completamente vestida. O café da manhã estava na mesa.
- A onde você vai? -Meu pai perguntou, sentando-se ao meu lado na mesa.
- Ainda não sei. -Respondi empurrando um pouco de comida para minha mãe.
Me lembrei das cartas que estavam guardadas dentro de uma caixa em cima do criado mudo no meu quarto. Havia uma carta para cada uma das pessoas importantes pra mim: Meus pais, minha avó, meus melhores amigos e amigas. Cada carta dizendo o por que eram tão importantes pra mim, e dizendo o quanto os amava.
Meus pais sairam, e fui até a tv. Ainda era cedo pra fazer qualquer coisa sósinha, liguei a tv e me surpreendi ao achar antigos desenhos dos quais eu gostava passando. Mais tarde, sai sem almoçar, simplesmente peguei meu celular, minha carteira e Ipod e fui pro primeiro lugar que passasse na minha mente. Cheguei ao parque, dei uma volta e me sentei em baixo de uma grande árvore. Mais uma vez abri meu celular, e me deparei com o conhecido numero. Nunca havia discado-o, mais sabia que era uma boa oportunidade. Chamei sem pensar nas consequências. Já havia feito coisas piores sem pensar, e essa parecia ser uma boa chance de não pensar...


~Oka, admito que foi tenso escrever esse começo, principalmente pela situação que esta hoje. Não sei se ficou bom, mais acho que para a introdução eu disse tudo o que precisava e mais um pouco :)
muito obrigada a todos aqueles que mandaram sua contribuição, e quero dizer que todos foram muito proveitosos *-* amo vocês!
No próximo vem a continuação, mais ainda não sei quantas partes serão.
Beeeeijos :*

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O que você faria?

Olá meus lindooos leitores *-*
Bom, isso não é um post -fato mais apenas uma "pesquisa" sobre algo que eu quero muito ver se consigo escrever no próximo post.
Na verdade, eu queria que nos comentários vocês me dissessem o que fariam se tivessem no máximo mais uma semana pra viver?
Não precisa ficar contando com detalhes, uma simples listinha já é muito útil :)
Mas fiquem a vontade para contar como quiserem.
E por favor, se sintam mais que a vontade para comentar no post de baixo, já que esse aqui eu vou apagar quando escrever o próximo post ^^
Muito obrigado, e vamos ver se eu consigo escrever algo que eu considere mais que bom!
Boas férias meus xuxus!
BEEEEEEIJOS :*

domingo, 5 de julho de 2009

The dance

Imagine a vida como uma dança.
Os ritmos variam e conforme a idade chega, a batida vai ficando mais lenta.
Uma dança cheia de movimentos complexos e complicados, e nem sempre nos movimentamos da maneira certa.
Cada vez que nos deixamos arriscar, é como dançar apenas no ritmo da música, se deixando ir pra onde ela nos levar, já cada vez que agimos de acordo com o planejado deixamos o ritmo de lado, e dançamos exatamente como a batida.
Não podemos saber quantas vezes iremos cair, errar, nos esquecer... até que já tenha acontecido.
Algumas vezes a dançamos sózinhos, outras vezes acompanhados, em grupos... Não importa.
Cada pessoa tem seu ritmo, cada um com seu modo de dançar, cada um com seus movimentos peculiarmente próprios.
O conjunto de todas essas danças, todos esses ritmos, movimentos e erros de coreográfia que faz da vida o que ela é: Uma grande apresentação de dança.